Montar a ficha de treino é uma das tarefas mais importantes do profissional trainer para que o cliente obtenha os melhores resultados e se sinta satisfeito.
O treino, portanto, precisa ser sempre muito bem elaborado e levar em conta todas as especificidades de quem vai executá-lo.
E você pode até saber que é preciso considerar diversos fatores na hora de montar uma ficha de treino, mas você sabe todos os critérios importantes? Se você está com dúvidas, vamos te ajudar agora!
Ao longo desse artigo, vamos te ensinar como montar uma ficha de treino ideal para cada caso, através de dicas para serem seguidas e erros que devem ser evitados. Boa leitura!
Como montar uma boa ficha de treino? 4 Dicas
Montar uma boa ficha de treino requer diversos cuidados. A seguir, iremos trazer 4 dicas valiosas para se obter uma boa ficha.
1- Faça uma Avaliação Física e Anamnese do seu aluno
Em primeiro lugar, sempre, é preciso fazer uma avaliação física e anamnese do paciente, para que se possa obter os dados de forma mais precisa.
Você precisa levar em conta todos os eventuais problemas de saúde, qual é o histórico familiar de doenças, se foram feitas cirurgias, quais são os problemas osteomusculares, como, por exemplo, fraturas.
Além disso, medicações também são importantes pontos que precisam ser informados. Da mesma forma, ter ou não um acompanhamento nutricional, suplementos e uma dieta fará diferença também no treino.
Dados sobre treinos anteriores também são coletados nessa etapa, juntamente com um teste de aptidão, que irá mostrar o condicionamento físico do paciente.
A partir desses dados, é possível saber qual o nível de treinamento possível. Após isso, claro, é muito importante ter todas as medidas do corpo do aluno para que assim, possam se comparar resultados.
2. Identifique o perfil e defina o tipo de treino
Quando se tem os dados do paciente em mãos, é possível traçar o perfil dele. Dependendo das condições físicas, o paciente poderá ter mais facilidade ou mais dificuldade em responder aos exercícios, por exemplo.
Essa informação vai interferir diretamente no tipo de treino escolhido. Pessoas com metabolismo mais lento, como você sabe, levam mais tempo para perder peso e ganhar massa muscular em relação a pessoas com um metabolismo mais rápido.
3. Faça uma Análise do Nível de Treinamento do seu aluno
O nível do treinamento também é muito importante. Assim como em qualquer tipo de atividade física, tem pessoas iniciantes, intermediárias e avançadas (por exemplo, atletas).
Alunos iniciantes (com menos de 1 ano na academia), por exemplo, necessitam de maior ajuda e instrução de um personal trainer, já que têm menos consciência corporal e coordenação motora para fazer exercícios mais complexos.
Por outro lado, alunos avançados (com mais de três anos na academia) possuem maior facilidade para executar tarefas mais difíceis e tem maior habilidade para treinos de maior intensidade, já que tem os músculos desenvolvidos há muito mais tempo que os iniciantes.
4. Pense em uma frequência de treinos de acordo com a rotina
A rotina que o paciente está disposto a se dedicar também faz toda a diferença. Não adianta você passar um treino pensado para 5 dias, se ele apenas irá na academia 3 dias na semana. A disponibilidade de tempo de cada pessoa varia.
No entanto, em termos ideais, quando se faz possível seguir a orientação, a frequência de treinos vai variar de acordo com o nível de condicionamento de cada aluno:
- Aluno Iniciante – 3 a 4 vezes por semana;
- Aluno Intermediário – 4 a 5 vezes por semana;
- Aluno Avançado – 5 a 6 vezes por semana.
Quais são os erros que devem ser evitados ao montar a ficha de treinos?
Além de conhecer dicas para montar uma ficha de treino, é importante saber o que não fazer também, como, por exemplo, usar uma mesma ficha para pessoas diferentes e não dar intervalos no mesmo grupo muscular.
Fazer uma mesma ficha para pessoas diferentes
Essa é uma dica básica, mas muito importante. Jamais copie a mesma ficha para pessoas diferentes. Pois, se são indivíduos diferentes, têm particularidades diferentes também e que são relevantes na hora de obter os resultados.
Pessoas podem ter o mesmo nível de treinamento e ainda assim, responder diferentemente a um treino igual. Cada corpo é único e as condições contextuais também.
Não dar intervalos no mesmo grupo muscular
Outro erro para ser evitado é não dar intervalos no mesmo grupo muscular. No geral, os músculos precisam de 48 a 72 horas para se recuperar dos treinos.
Dessa forma, é preciso ter alternância dos tipos de exercícios sempre, para que assim, os músculos possam ter o descanso necessário.
Lembramos, portanto, que não oferecer o tempo adequado para a musculatura se regenerar compromete o resultado final e, ainda, pode provocar lesões.
Dicas Bônus para auxiliar ao montar uma ficha de treino
Outras dicas importantes que também podemos citar nesse artigo são ajudar e acompanhar o seu aluno na Execução do Treino Inicial e, ainda, incentivar o seu aluno a ter periodização no treino.
Ajude e acompanhe o seu aluno na Execução do Treino Inicial
A performance do aluno será melhor à medida que melhor for a sua instrução. Se o aluno está fazendo errado, não terá bons resultados daquele treino.
Principalmente no caso dos alunos iniciantes, é muito importante acompanhá-lo para garantir que ele está fazendo os exercícios da forma correta.
Incentive o seu aluno a ter periodização no treino
Alunos não são especialistas e, mais uma vez, precisam da orientação de um profissional que, no caso, será você. Portanto, é importante sempre alertar para periodização no treino.
Através de diferentes ciclos, é possível organizar a preparação do treinamento de acordo com os prazos, sejam eles médios ou longos. Dessa forma, você irá determinando a intensidade e o volume de treinos para obter bons resultados.
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Conclusão
Montar uma ficha de treino de qualidade é o que vai consolidar você como um bom profissional trainer. Nesse artigo você pode conferir diversas dicas para seguir, além do que evitar, para poder alcançar seus objetivos profissionais!
